Às vezes, o encanto é tanto
Que você diz "bem-vindo"
A quem entrou pela janela
Às vezes, o espanto é tamanho
Que você se pega sussurrando
Que tem cópia da chave debaixo do capacho
E ele a usa
Toda
Santa
Vez
(E você adora...)
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
domingo, 28 de fevereiro de 2016
Religião
Frequento a igreja quando compro frutas para os meus filhos
Ouço sermão quando olho nos olhos de alguém
Sem interesse no assunto, mas querendo dar atenção
Dobro os meus joelhos em prece
Quando me compadeço de um paciente
E procuro a solução para o seu problema
Comungo quando divido um sorriso
Uma risada, uma dança, um desejo
Com alguém cujo nome posso ou não saber
E o meu Deus já me mostrou o Inferno
E o meu Deus já me deu amostras do Céu
E me perdoa por eu perdoar a mim mesma
Ouço sermão quando olho nos olhos de alguém
Sem interesse no assunto, mas querendo dar atenção
Dobro os meus joelhos em prece
Quando me compadeço de um paciente
E procuro a solução para o seu problema
Comungo quando divido um sorriso
Uma risada, uma dança, um desejo
Com alguém cujo nome posso ou não saber
E o meu Deus já me mostrou o Inferno
E o meu Deus já me deu amostras do Céu
E me perdoa por eu perdoar a mim mesma
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Gratidão
Tenho mais bênçãos nessa vida
Do que os números podem contar
Fui amada, fui querida
E tive muitos para amar
Meu útero carregou serezinhos
Minhas mãos os ajudaram a andar
Sou mãe, serei avó
E aí poderei estragar
Meus planos todos deram certo
Entre livros eu cresci
Ouvi histórias, vi sangue, vi glória
Inícios e fins, eu vivi
E agora, a vida flui
Serena, amena, bacana
Mil motivos pra comemorar
Porque tenho mais bênçãos nessa vida
Do que os números podem contar
Do que os números podem contar
Fui amada, fui querida
E tive muitos para amar
Meu útero carregou serezinhos
Minhas mãos os ajudaram a andar
Sou mãe, serei avó
E aí poderei estragar
Meus planos todos deram certo
Entre livros eu cresci
Ouvi histórias, vi sangue, vi glória
Inícios e fins, eu vivi
E agora, a vida flui
Serena, amena, bacana
Mil motivos pra comemorar
Porque tenho mais bênçãos nessa vida
Do que os números podem contar
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Duplicata
Embalo e nino meus sonhos
Com amor maternal
À menina que para se poupar
Fecha os olhos
Ao medo de reprimendas
Ilusão! Disparate! Embuste!
Do outro lado do espelho
Lá está ela...
A madrasta!
A madrasta!
A madrasta!
Com amor maternal
À menina que para se poupar
Fecha os olhos
Ao medo de reprimendas
Ilusão! Disparate! Embuste!
Do outro lado do espelho
Lá está ela...
A madrasta!
A madrasta!
A madrasta!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Original
Ele acha que sexo sem amor é pecado
Mas que Deus dá um desconto por sermos humanos
Eu digo que o que não faz mal não é erro
E não peço perdão quando não há injúria
Fecho os olhos e sussurro baixinho "Tanto faz..."
Sua saliva é toda a água benta
E o seu corpo nu sobre o meu
É todo o Paraíso que eu preciso nessa vida
Mas que Deus dá um desconto por sermos humanos
Eu digo que o que não faz mal não é erro
E não peço perdão quando não há injúria
Fecho os olhos e sussurro baixinho "Tanto faz..."
Sua saliva é toda a água benta
E o seu corpo nu sobre o meu
É todo o Paraíso que eu preciso nessa vida
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Credo
Creio em nós
Em nosso revezamento
De carinho e atenção
Desabafos e celebrações
Nos olhares que se buscam
Por apoio e cumplicidade
Creio em nós
Time por opção
Benção estendida aos amados
Dedicação e cuidado
E no horizonte ao longe
Onde chegaremos de mãos dadas
Creio em nós
Porque muito já foi vivido
Testado, exposto e aprovado
E a cada dia cresce
O que eu nunca tinha experimentado
Antes de conhecer você
Em nosso revezamento
De carinho e atenção
Desabafos e celebrações
Nos olhares que se buscam
Por apoio e cumplicidade
Creio em nós
Time por opção
Benção estendida aos amados
Dedicação e cuidado
E no horizonte ao longe
Onde chegaremos de mãos dadas
Creio em nós
Porque muito já foi vivido
Testado, exposto e aprovado
E a cada dia cresce
O que eu nunca tinha experimentado
Antes de conhecer você
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Amigo
Vou ignorar a distância
Entre os corpos
Entre os planos
Entre as almas
Vou ignorar
Que apagamos de propósito
Os dois últimos pontinhos
Das nossas reticências
Vou ignorar
Que a essa altura você já está
Dando felicidade para outra penca
De mulheres
Vou ignorar a sua vontade
Você vai saber em detalhes
Cada uma das minhas fantasias
(Sim, é castigo)
Entre os corpos
Entre os planos
Entre as almas
Vou ignorar
Que apagamos de propósito
Os dois últimos pontinhos
Das nossas reticências
Vou ignorar
Que a essa altura você já está
Dando felicidade para outra penca
De mulheres
Vou ignorar a sua vontade
Você vai saber em detalhes
Cada uma das minhas fantasias
(Sim, é castigo)
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Lindinho
Entre o pesadelo de ontem
E o sonho de amanhã
No hoje, agora há pouco
Esteve você
Sem polimento
Sem verniz
Sem pedir licença
E por um triz
(Sem papas na língua
Sem travas na língua
Sem nada na língua
A não ser a minha)
Numa ausência de cálculo
Que me desconserta
Num "Tô aqui,
Me disseca..."
Nossas histórias de infância
Barbie, chocolate, pudim
De uma fragilidade
Imobilizadora para mim
E eu ri de beijos de prisioneiro
Enquanto você amaldiçoava os cadeados
E falamos de vontades, sonhos
Cortes de cabelo e amores passados
Poderia ser simples, sim
Passageiro ou quase nada
Mas pra mim você foi precioso
Quando cruzou a minha estrada
E o sonho de amanhã
No hoje, agora há pouco
Esteve você
Sem polimento
Sem verniz
Sem pedir licença
E por um triz
(Sem papas na língua
Sem travas na língua
Sem nada na língua
A não ser a minha)
Numa ausência de cálculo
Que me desconserta
Num "Tô aqui,
Me disseca..."
Nossas histórias de infância
Barbie, chocolate, pudim
De uma fragilidade
Imobilizadora para mim
E eu ri de beijos de prisioneiro
Enquanto você amaldiçoava os cadeados
E falamos de vontades, sonhos
Cortes de cabelo e amores passados
Poderia ser simples, sim
Passageiro ou quase nada
Mas pra mim você foi precioso
Quando cruzou a minha estrada
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
O Pós
Não repare a bagunça
Mas passou um furacão
Tinha olhos de lince
E cabelos de alazão
Seu sopro levou pra longe
Minha indentidade janela afora
Molhou meu lençol e colchão
Carregou a sanidade - e agora?
Agora é calcular o prejuízo
Aguarde com paciência, meu senhor
Afinal, seguro nenhum cobre
O risco que é viver um grande amor
Mas passou um furacão
Tinha olhos de lince
E cabelos de alazão
Seu sopro levou pra longe
Minha indentidade janela afora
Molhou meu lençol e colchão
Carregou a sanidade - e agora?
Agora é calcular o prejuízo
Aguarde com paciência, meu senhor
Afinal, seguro nenhum cobre
O risco que é viver um grande amor
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
Balanço
Tenho dias de impulso
E dias de recuo
Momentos de dobrar
E de esticar joelhos
O vento no rosto
Ou o retorno dos cabelos
Ao longo das orelhas
Olhar os pés ao encontro do azul
Ou sentir a calmaria
Do movimento acabando
Nessa suave esperança
De que amanhã tem mais
E dias de recuo
Momentos de dobrar
E de esticar joelhos
O vento no rosto
Ou o retorno dos cabelos
Ao longo das orelhas
Olhar os pés ao encontro do azul
Ou sentir a calmaria
Do movimento acabando
Nessa suave esperança
De que amanhã tem mais
domingo, 7 de fevereiro de 2016
Desvio
Ali
Confesso
Me acovardei
Era muito tentáculo
E tinta preta
Pra pouco mar
Muita areia movediça
E enxurrada de lama
Pra pouco alicerce
Muita profundidade
E peso de água
Pra pouco fôlego
Muito preço
E sacrifício
Pra pouco ganho
Ali
Confesso
Me acovardei
Mas nunca
Em nenhum outro momento
Fui tão dona de mim
Confesso
Me acovardei
Era muito tentáculo
E tinta preta
Pra pouco mar
Muita areia movediça
E enxurrada de lama
Pra pouco alicerce
Muita profundidade
E peso de água
Pra pouco fôlego
Muito preço
E sacrifício
Pra pouco ganho
Ali
Confesso
Me acovardei
Mas nunca
Em nenhum outro momento
Fui tão dona de mim
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Lembranças
Um leve brilho
Aquele restício
Um sutil vestígio
Irresistível vício
No olhar em silêncio
O quase findo querer
Surge forte o reminiscente
Entre as palavras a se esconder
E assim passa-se o tempo
Negando-se a paixão
Jogo perigoso de perdas
Sorrisos e frustração
Aquele restício
Um sutil vestígio
Irresistível vício
No olhar em silêncio
O quase findo querer
Surge forte o reminiscente
Entre as palavras a se esconder
E assim passa-se o tempo
Negando-se a paixão
Jogo perigoso de perdas
Sorrisos e frustração
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