Pipa
O dono do meu carretel me solta e deixa o vento me levar
Ele é do chão e eu sou do ar
Me perde de vista e nem sei se pensa em mim
Se tem medo de com outras pipas minha corda se embaraçar
Mas vez por outra puxa o fio pra matar a saudade
E eu sinto a força do que às vezes esqueço que ainda me prende
E fico feliz pela pausa no vôo
E ele diz "me dê todas as suas cores, porque eu não sei a metragem dessa linha, mas hoje eu consegui"
quarta-feira, 29 de junho de 2016
terça-feira, 28 de junho de 2016
Equestre
"Hoje eu quero a paz de criança dormindo..."
Desde que essa criança seja você
Sem camisa, exausto, debaixo de um edredon branco
E eu ao seu lado, sonhando com o meu puro sangue
Sobre um cavalo...
Desde que essa criança seja você
Sem camisa, exausto, debaixo de um edredon branco
E eu ao seu lado, sonhando com o meu puro sangue
Sobre um cavalo...
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Fatal
O problema não foi querer
Usar e abusar
Transformar e abafar
O problema foi esquecer
Com quem se estava a lidar
Usar e abusar
Transformar e abafar
O problema foi esquecer
Com quem se estava a lidar
Recaída
Eu tive dúvida
Ele, nenhuma
Colocou o pé na porta
Antes que se fechasse de vez
E assim entrou de novo
Pela fresta...
Ele, nenhuma
Colocou o pé na porta
Antes que se fechasse de vez
E assim entrou de novo
Pela fresta...
Molecagem
Status de relacionamento: improvisando
O onde, o como e o quando
Soa a traquinagem
Um ri daqui, o outro fala palavrão de lá
Parece roubo de um tanto de felicidade
De quem não pode nem planejar
Nunca no mesmo lugar
Nunca do mesmo jeito
Sempre o mesmo querer
Sempre no susto, no sopetão
Sempre para entrar na minha história
E virar poesia pra sempre
O onde, o como e o quando
Soa a traquinagem
Um ri daqui, o outro fala palavrão de lá
Parece roubo de um tanto de felicidade
De quem não pode nem planejar
Nunca no mesmo lugar
Nunca do mesmo jeito
Sempre o mesmo querer
Sempre no susto, no sopetão
Sempre para entrar na minha história
E virar poesia pra sempre
Árvore
Enquanto eu for uma folha verde
Que toda a seiva da vida
Me inunde de cor
E que eu não inveje a beleza
Da minha companheira ao lado - a flor
Porque a função dela é virar fruto
Mas eu ajudo os amigos a respirar
E ambas estamos fadadas à transformação
Que balançar no galho me seja divertido
Tomar sol e chuva
Me molhar de orvalho
Minha tez mude de cor e seque
Devagarinho pra não me assustar
E quando for hora de me desprender
E ir ao chão para torná-lo mais rico
Que eu tenha a graça de descer bailando
E distrair o olhar do meu lindinho
(E que ele sorria)
Que toda a seiva da vida
Me inunde de cor
E que eu não inveje a beleza
Da minha companheira ao lado - a flor
Porque a função dela é virar fruto
Mas eu ajudo os amigos a respirar
E ambas estamos fadadas à transformação
Que balançar no galho me seja divertido
Tomar sol e chuva
Me molhar de orvalho
Minha tez mude de cor e seque
Devagarinho pra não me assustar
E quando for hora de me desprender
E ir ao chão para torná-lo mais rico
Que eu tenha a graça de descer bailando
E distrair o olhar do meu lindinho
(E que ele sorria)
A Paz
A paz chega junto com a paciência
A confiança no que já se plantou
A entrega ao tempo do que ainda há de nascer
A resiliência quando tudo é espera
A esperança no que ainda vai existir
Não é constante e nem precisa ser
Não é fácil e nem precisa ser
Não é de graça e nem precisa ser
É exercício de mente e coração
É melodia encontrando a canção
A confiança no que já se plantou
A entrega ao tempo do que ainda há de nascer
A resiliência quando tudo é espera
A esperança no que ainda vai existir
Não é constante e nem precisa ser
Não é fácil e nem precisa ser
Não é de graça e nem precisa ser
É exercício de mente e coração
É melodia encontrando a canção
sábado, 25 de junho de 2016
Redenção
Às vezes o encanto
É pura ilusão
E quem é que tem
Perfeita a visão?
Às vezes as palavras
Enfeitam a realidade
E quem é que suporta
Saber toda a verdade?
E se a Salvação
Depende de pura misericórdia
Para que tornar a perfeição
Um motivo de discórdia?
(Os extremos não pertencem ao ser humano)
É pura ilusão
E quem é que tem
Perfeita a visão?
Às vezes as palavras
Enfeitam a realidade
E quem é que suporta
Saber toda a verdade?
E se a Salvação
Depende de pura misericórdia
Para que tornar a perfeição
Um motivo de discórdia?
(Os extremos não pertencem ao ser humano)
Território
Ele marca a presença
De longe
Olhos, peitorais, sorriso
Ok, menino
Estou marcada
Boca, coração e costas
De longe
Olhos, peitorais, sorriso
Ok, menino
Estou marcada
Boca, coração e costas
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Lindos
Somos lindos quando estamos
Esse tempo que nunca basta
Essa hora que nunca persiste
Somos música quando rimos
Essa sintonia inexplicada
Esse arranjo maestral
Somos doce e salgado
Nessa gula que sacia
Nessa inocência
Que não sabe o mal
Esse tempo que nunca basta
Essa hora que nunca persiste
Somos música quando rimos
Essa sintonia inexplicada
Esse arranjo maestral
Somos doce e salgado
Nessa gula que sacia
Nessa inocência
Que não sabe o mal
terça-feira, 21 de junho de 2016
Memória
Diz que lembra
Da grade
Do apelido
Do sorriso
Do sono
Dos dias seguintes
Do posto de gasolina
Da viagem
Do cinto de segurança
Da bebida nova
Do cobertor
Da dor na bochecha
Do rio
Do riso
Do rosto
Das rodoviárias
Da recarga do celular
Do atraso
Da bateria
Do exame
Da música
Do bilhete de loteria
Do vestido
Da madrugada
Do frio
Das histórias
Da gringa
Do versinho
Do "vai dormir"
Mas principalmente
Diz
Que nunca vai esquecer
Da grade
Do apelido
Do sorriso
Do sono
Dos dias seguintes
Do posto de gasolina
Da viagem
Do cinto de segurança
Da bebida nova
Do cobertor
Da dor na bochecha
Do rio
Do riso
Do rosto
Das rodoviárias
Da recarga do celular
Do atraso
Da bateria
Do exame
Da música
Do bilhete de loteria
Do vestido
Da madrugada
Do frio
Das histórias
Da gringa
Do versinho
Do "vai dormir"
Mas principalmente
Diz
Que nunca vai esquecer
domingo, 19 de junho de 2016
Outono
Eu me curei da anemia crônica
E esqueci amores insuperáveis
Enterrei pessoa que ainda me assombra
E abracei causas que nada me diziam
Hoje olho o vasto mundo e sei
Que não conheço toda a maldade
Meu amor não beneficia o quanto poderia
Pulei degraus sem tropeçar, mas cansei
E aos 46, sinto mais uns 100 nas costas
Como folha que já dourou, quando devia ser verde
Mas acabei por aceitar que a gente, no final das contas
É só isso mesmo: gente
E esqueci amores insuperáveis
Enterrei pessoa que ainda me assombra
E abracei causas que nada me diziam
Hoje olho o vasto mundo e sei
Que não conheço toda a maldade
Meu amor não beneficia o quanto poderia
Pulei degraus sem tropeçar, mas cansei
E aos 46, sinto mais uns 100 nas costas
Como folha que já dourou, quando devia ser verde
Mas acabei por aceitar que a gente, no final das contas
É só isso mesmo: gente
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Fluxo
De braçada em braçada
Treina-se fôlego, músculos
Viradas rente à parede
E vencer é factível
Cronometrado, controlado, administrável
Numa paz artificial de piscina clorada
Mas a vida é tsunami
Água ascendente
Correnteza potente
E quando menos se espera
Os pulmões são enxarcados
Numa inundação de perdas
Treina-se fôlego, músculos
Viradas rente à parede
E vencer é factível
Cronometrado, controlado, administrável
Numa paz artificial de piscina clorada
Mas a vida é tsunami
Água ascendente
Correnteza potente
E quando menos se espera
Os pulmões são enxarcados
Numa inundação de perdas
segunda-feira, 13 de junho de 2016
A Mãe de Judas
Nem Deus
Nem o Diabo
Deram-se o trabalho de avisar
Ele era pequenino, miudinho
E inocente
E ela o amou
Segue anônima
Vendo o filho ser malhado
Uma vez por ano
Mereceu nem pena
Pois não se chamava
Maria e nem Maria Madalena
Mas criou (e por isso pagou)
"O" grande filho da puta
(Porque nem todas as histórias são dissecadas o suficiente).
Nem o Diabo
Deram-se o trabalho de avisar
Ele era pequenino, miudinho
E inocente
E ela o amou
Segue anônima
Vendo o filho ser malhado
Uma vez por ano
Mereceu nem pena
Pois não se chamava
Maria e nem Maria Madalena
Mas criou (e por isso pagou)
"O" grande filho da puta
(Porque nem todas as histórias são dissecadas o suficiente).
Grimm
Existem histórias de terror
Que não são contadas
Por quem as vive
E chagas que não se expõem
Porque estão enterradas
No âmago das pessoas
Porque nas histórias de fadas
O Bem é só Bem
E o Mal é só Mal
A estrutura linear
Caminha para o final feliz
Mas na vida real
O Mal chega no começo
E no meio e no fim
E o Bem não deixa de existir
Mas não garante a felicidade
De ninguém
Que não são contadas
Por quem as vive
E chagas que não se expõem
Porque estão enterradas
No âmago das pessoas
Porque nas histórias de fadas
O Bem é só Bem
E o Mal é só Mal
A estrutura linear
Caminha para o final feliz
Mas na vida real
O Mal chega no começo
E no meio e no fim
E o Bem não deixa de existir
Mas não garante a felicidade
De ninguém
domingo, 12 de junho de 2016
Enlace
Uma meia aliança de Lua
Um brilho intenso
Um gesto imenso
Que não fecha e nem estrangula
Um envolvimento
E uma porta de saída
Para quando nosso Sol
Não mais brilhar
Um brilho intenso
Um gesto imenso
Que não fecha e nem estrangula
Um envolvimento
E uma porta de saída
Para quando nosso Sol
Não mais brilhar
sábado, 11 de junho de 2016
Desencontro
E o que eu era de mais lindo
Depositava em tuas mãos
E o que era verdadeiro
Foi o não vivido por nós
Eu esculpia uma vida a dois
Enquanto pintavas um coração
E eu chorava em desespero
Enquanto colocavas as duas palmas para cima
(E dizíamos ao mesmo tempo
"Não é óbvio?")
Para mim era tudo
Para ti era pouco
Mostravas-me teu lado bom
Eu de ti nada escondia
E era sede e saudades
Pedidos e negação
Silêncios e pisões nos pés
Parceria e desencontros
E o fim veio de sopetão
Precoce, amor abortado
E sigo eu pensando
Que Deus me deve uma boa explicação
Depositava em tuas mãos
E o que era verdadeiro
Foi o não vivido por nós
Eu esculpia uma vida a dois
Enquanto pintavas um coração
E eu chorava em desespero
Enquanto colocavas as duas palmas para cima
(E dizíamos ao mesmo tempo
"Não é óbvio?")
Para mim era tudo
Para ti era pouco
Mostravas-me teu lado bom
Eu de ti nada escondia
E era sede e saudades
Pedidos e negação
Silêncios e pisões nos pés
Parceria e desencontros
E o fim veio de sopetão
Precoce, amor abortado
E sigo eu pensando
Que Deus me deve uma boa explicação
Leopardo
O preço da sobrevivência
São as cicatrizes inflexíveis
O temor do caos
E a desconfiança embutida
O lucro da sobrevivência
É aprender a zelar por si
Mostrar as presas na hora certa
E conhecer o próprio salto
São as cicatrizes inflexíveis
O temor do caos
E a desconfiança embutida
O lucro da sobrevivência
É aprender a zelar por si
Mostrar as presas na hora certa
E conhecer o próprio salto
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Adolescente
Se eu tivesse apostado em nós
Você também teria?
Se eu tivesse enfrentado os contras
Você me protegeria?
Se eu tivesse dito
Que ía ali, mas já voltava
Porque era o preço para eu ser feliz
E assim, também, você
Você teria me esperado?
E se agora eu não estivesse
Sozinha e frágil
Estaria fazendo essas perguntas todas?
A gente escolhe os atalhos
Conforme surgem as forquilhas
E decide sem medo
Ou apesar dele
Mas quando o tema é recorrente
E difícil não parar para se perguntar
"E se...?"
(Não me responda nunca, por favor)
Você também teria?
Se eu tivesse enfrentado os contras
Você me protegeria?
Se eu tivesse dito
Que ía ali, mas já voltava
Porque era o preço para eu ser feliz
E assim, também, você
Você teria me esperado?
E se agora eu não estivesse
Sozinha e frágil
Estaria fazendo essas perguntas todas?
A gente escolhe os atalhos
Conforme surgem as forquilhas
E decide sem medo
Ou apesar dele
Mas quando o tema é recorrente
E difícil não parar para se perguntar
"E se...?"
(Não me responda nunca, por favor)
domingo, 5 de junho de 2016
Leite Condensado
Tem gente que
Até parece por instinto
Pede permissão pra entrar
Tem gente que
Até parece por instinto
Sabe receber um "não"
Tem gente
Que nasce sem arrogância
E nunca se impõe
Tem gente que nasce
Com doçura suficiente
Pra fazer diferença na gente
Até parece por instinto
Pede permissão pra entrar
Tem gente que
Até parece por instinto
Sabe receber um "não"
Tem gente
Que nasce sem arrogância
E nunca se impõe
Tem gente que nasce
Com doçura suficiente
Pra fazer diferença na gente
sábado, 4 de junho de 2016
Contraste
Minha alma de poeta
Seus trejeitos de pedreiro
E daí eu
Branca de côco
Queijo parmesão
Pimenta preta
Aprendo
Que na hora da sede
O império é da carne
(Saio toda ralada)
Seus trejeitos de pedreiro
E daí eu
Branca de côco
Queijo parmesão
Pimenta preta
Aprendo
Que na hora da sede
O império é da carne
(Saio toda ralada)
Raro
E eu toco o seu mundo
Na medida do possível
Se possível
Quando e quanto
Possível
E é tudo muito bom
E a vida
Que passa voando
Numa sucessão
De notas afinadas
(De oito a nove)
Nesses momentos
Fica um dez!!!
Na medida do possível
Se possível
Quando e quanto
Possível
E é tudo muito bom
E a vida
Que passa voando
Numa sucessão
De notas afinadas
(De oito a nove)
Nesses momentos
Fica um dez!!!
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Charme
Numa das muitas vezes em que estávamos estremecidos, fui a um barzinho, sabendo que ele estaria lá com os amigos. sabendo que ele sabia que eu sabia que ele estaria.
Cheguei com a minha turma, todas a par da situação, e sentei a algumas mesas de distância. Conversava, ria, cantava, e olhava discretamente para o lado dele, que não olhava para mim. Fui me aborrecendo aos poucos.
Ele vestia uma roupa que eu tinha dado de presente, e umas menininhas na mesa ao lado claramente o paqueravam. Mas ele só interagia com os amigos. Fui murchando.
Num dado momento, ele ficou sozinho na mesa. Pegou o guardanapo, abriu, e com os cotovelos fincados na mesa, o estendeu na frente do rosto. Fiquei olhando, sem entender o gesto, e já que ele não me via, não precisei disfarçar, fiquei meio hipnotizada. Mantendo o guardanapo parado, ele foi baixando o rosto devagarzinho, igual gato no meio da folhagem, e na hora que os olhos apareceram, ele estava sorrindo para mim, e me deu uma piscadinha.
Caí na gargalhada. Que convencido! Que tratante! Que provocativo! Alguém tem que ser muito seguro de si para brincar assim.
Ele veio para a nossa mesa, e fizemos as pazes. Pela centésima vez.
Cheguei com a minha turma, todas a par da situação, e sentei a algumas mesas de distância. Conversava, ria, cantava, e olhava discretamente para o lado dele, que não olhava para mim. Fui me aborrecendo aos poucos.
Ele vestia uma roupa que eu tinha dado de presente, e umas menininhas na mesa ao lado claramente o paqueravam. Mas ele só interagia com os amigos. Fui murchando.
Num dado momento, ele ficou sozinho na mesa. Pegou o guardanapo, abriu, e com os cotovelos fincados na mesa, o estendeu na frente do rosto. Fiquei olhando, sem entender o gesto, e já que ele não me via, não precisei disfarçar, fiquei meio hipnotizada. Mantendo o guardanapo parado, ele foi baixando o rosto devagarzinho, igual gato no meio da folhagem, e na hora que os olhos apareceram, ele estava sorrindo para mim, e me deu uma piscadinha.
Caí na gargalhada. Que convencido! Que tratante! Que provocativo! Alguém tem que ser muito seguro de si para brincar assim.
Ele veio para a nossa mesa, e fizemos as pazes. Pela centésima vez.
Genesis
Se eu tivesse sido Eva
Teria comido a maçã todinha
E sido expulsa e sairia do Éden
Com as minhas próprias pernas
Para conhecer a solidão
Não deveria mais o pedaço de costela
Para ninguém
E pagaria o preço da minha curiosidade sozinha
Adão sofreria de saudades
E não me esqueceria
Viveria um Inferno
No meio do Paraíso
Perguntando -se para sempre
O que estaria perdendo
Por não estar ao meu lado
Do lado
De fora
Teria comido a maçã todinha
E sido expulsa e sairia do Éden
Com as minhas próprias pernas
Para conhecer a solidão
Não deveria mais o pedaço de costela
Para ninguém
E pagaria o preço da minha curiosidade sozinha
Adão sofreria de saudades
E não me esqueceria
Viveria um Inferno
No meio do Paraíso
Perguntando -se para sempre
O que estaria perdendo
Por não estar ao meu lado
Do lado
De fora
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Ciúmes
Se você se visse como eu o vejo
E meus olhos fossem o seu espelho
Você nunca duvidaria
De quão lindo você é
E se soubesse o que seu rosto
Causa quando atinge a minha retina
Não se importaria com os outros
Que não captam o meu olhar
Se você imaginasse como eu sou
Encantada por você
Talvez entendesse um pouco mais
O porquê de tanto bem querer
E meus olhos fossem o seu espelho
Você nunca duvidaria
De quão lindo você é
E se soubesse o que seu rosto
Causa quando atinge a minha retina
Não se importaria com os outros
Que não captam o meu olhar
Se você imaginasse como eu sou
Encantada por você
Talvez entendesse um pouco mais
O porquê de tanto bem querer
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Nunca
Não perca o seu tempo
Listando os motivos
Dos muitos "nãos" da sua cabeça
Nunca achamos que seria fácil
Arranjar o tempo de nós dois
Não perca o meu tempo
Cobrando as razões
Dos muitos risos no meu colo
Nunca achamos que seriam novidades
As noites roubadas para nós dois
Não perca o nosso tempo
Tentando prever o amanhã
E o próximo passo para além
Desse beco sem saída
Em que nos encontramos, os dois
(E as tantas frases "eu nunca tinha feito isso!")
Listando os motivos
Dos muitos "nãos" da sua cabeça
Nunca achamos que seria fácil
Arranjar o tempo de nós dois
Não perca o meu tempo
Cobrando as razões
Dos muitos risos no meu colo
Nunca achamos que seriam novidades
As noites roubadas para nós dois
Não perca o nosso tempo
Tentando prever o amanhã
E o próximo passo para além
Desse beco sem saída
Em que nos encontramos, os dois
(E as tantas frases "eu nunca tinha feito isso!")
Bom dia!
Seja hoje um dia fácil
Ou complicado
Estejam os seus queridos distantes
Ou ao seu lado
Desejos sejam atingidos
Ou adiados
Que você tenha um tempo bom
E a saúde presente
Com alegria sempre que possível
E que esta noite você sorrie
E suspire: "que dia...!"
Ou complicado
Estejam os seus queridos distantes
Ou ao seu lado
Desejos sejam atingidos
Ou adiados
Que você tenha um tempo bom
E a saúde presente
Com alegria sempre que possível
E que esta noite você sorrie
E suspire: "que dia...!"
Amor Imperfeito
Venha ser para mim
Outro daqueles amores
Capengas
Desdentados
Engessados
Caolhos
Inexatos
E abençoados
Esfregue na minha cara
Que a felicidade e a agonia do ser humano
É lidar com as imperfeições
(Eu seria capaz de amá-lo)
Para Ana, minha querida imperfeita
Outro daqueles amores
Capengas
Desdentados
Engessados
Caolhos
Inexatos
E abençoados
Esfregue na minha cara
Que a felicidade e a agonia do ser humano
É lidar com as imperfeições
(Eu seria capaz de amá-lo)
Para Ana, minha querida imperfeita
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